Ter acesso ao crédito imobiliário, muitas vezes, é o que pode tornar aquele lead em um comprador da sua imobiliária, seja para conseguir valores integrais ou parciais.
Por isso, entender como funciona esse processo pode ser um diferencial significativo para profissionais e empresas que vendem imóveis.
Hoje, nós da CAPTEI, vamos te contar mais sobre o crédito imobiliário e falar mais sobre os diferentes tipos de financiamento disponíveis. Acompanhe abaixo!
Como funciona o crédito imobiliário?
O crédito imobiliário é uma forma de financiamento que possibilita que as pessoas tenham mais facilidade para comprar imóveis, independente se for para moradia própria ou investimento.
O acesso a ele funciona por meio de instituições financeiras, que habilitam empréstimos específicos para essa compra de imóveis, e claro, inserindo juros sobre esse valor emprestado.
Por que sua imobiliária deve ajudar os clientes?
Auxiliar seus clientes a entender todo o processo de crédito imobiliário vai além de apenas fechar negócios.
Ao ajudá-los a entender as opções disponíveis e a melhor solução para suas necessidades, você fortalece a relação da sua empresa com o consumidor.
Dessa forma, os profissionais e empresas constroem relacionamentos mais sólidos e duradouros com os clientes, independente se fecharem a compra, ou não.
Você sabe como fidelizar seus clientes? Veja nossas dicas aqui!
Quais são os tipos de créditos imobiliários
Agora, você sabe porque ajudar seus clientes nesse quesito. Veja abaixo detalhes sobre os diferentes tipos de créditos imobiliários disponíveis e suas características específicas. Confira!
SFH – Sistema Financeiro de Habitação
Este é um formato de financiamento regulamentado pelo próprio Governo Federal. O seu uso é destinado a facilitar o acesso à casa própria para a população.
Nesse caso, algumas características que o diferenciam dos demais, incluem:
- Taxas de juros costumam ser mais baixas do que outras modalidades de crédito imobiliário;
- Existe a possibilidade de utilizar recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para abater ou quitar o saldo pendente do financiamento;
- Existem limites de valor do imóvel financiado, o que muda conforme a região do país e é determinado pelo governo;
- O valor máximo da taxa de juros é de 12% ao ano (dados de 2024).
- As condições de financiamento são mais favoráveis, como: prazos mais estendidos para pagamento e parcelas moldadas conforme a capacidade de pagamento da pessoa.
Destinado para pessoas físicas, a concessão é de até 80% do valor total do imóvel, contanto que não ultrapasse R$1,5 milhão. Além disso, a parcela não deve ultrapassar mais que 30% da renda bruta do indivíduo.
Financiamento com a construtora
Nesta modalidade, a própria construtora ou incorporadora do empreendimento oferece a possibilidade de parcelamento direto para a compra dos imóveis em construção.
Nesse caso, algumas características são:
- Condições facilitadas e processos simplificados, isso porque a construtora tem interesse em vender seus imóveis na planta o quanto antes;
- Existe a possibilidade de negociação direta do pagamento, como entrada, parcelamento e prazo de financiamento;
- Em muitos casos, a construtora costuma oferecer subsídios ou descontos vantajosos para quem financia diretamente com ela.
O financiamento costuma ter correção do INCC – Índice Nacional de Custo da Construção -, no período em que a obra está acontecendo.
Também pode ser pelo IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -, ou IGPM -, Índice Geral de Preços do Mercado.
São inseridos juros pelo financiamento direto com o percentual médio de 12% ao ano, calculado pelo índice de amortização. A vantagem aqui para o consumidor são as parcelas fixas durante toda a construção do imóvel.
Carteira de hipoteca
Já nesse caso, o imóvel é considerado garantia ao credor (geralmente um banco ou instituição financeira) em troca do empréstimo concedido. Algumas características da carteira de hipoteca incluem:
- Taxas de juros menores do que em outras modalidades de crédito pela garantia real oferecida pelo imóvel;
- Possibilidade de utilização da propriedade como garantia para obter montantes maiores de crédito;
- O processo de análise para liberação é mais rigoroso, porque o imóvel fica como garantia para reduzir o risco de inadimplência.
Geralmente esse tipo de empréstimo é feito em imóveis acima de R$500 mil.
SFI – Sistema Financeiro Imobiliário
Este é um sistema de financiamento que não está nas regras do SFH, o que permite maior flexibilidade em termos de valor de financiamento e perfil do cliente. Mas, possui taxas geralmente mais altas. Algumas características do SFI incluem:
- Possibilidade de financiamento de imóveis de valor mais alto ou em regiões não cobertas pelo SFH;
- Flexibilidade no financiamento, especialmente em prazos e no pagamento;
- Taxas de juros variáveis conforme o perfil do cliente e o risco da operação;
- Processo de análise de crédito mais flexível em comparação com o SFH, mas, com exigências de garantias adicionais ou condições mais rigorosas, em alguns casos.
Com essa base, você pode explicar para seu cliente quais são as opções mais interessantes, além de também realizar uma estratégia de fidelização.
Dicas para escolher o melhor crédito imobiliário
Escolher o melhor crédito imobiliário envolve uma análise cuidadosa de diferentes fatores, como você viu acima, é preciso avaliar taxas de juros, prazos e condições do financiamento.
Para ajudar nessa escolha, é essencial seguir algumas dicas práticas:
1 – Analise as taxas de juros
As taxas de juros mudam bastante entre os diferentes tipos de crédito e instituições financeiras.
Compare cuidadosamente as ofertas, especialmente entre o Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e o Sistema Financeiro Imobiliário (SFI).
O SFH costuma ter taxas mais baixas, limitadas a 12% ao ano, enquanto o SFI pode ter condições mais flexíveis, mas geralmente mais altas.
Além disso, considere os juros aplicados no financiamento direto com construtoras, que geralmente são mais atrativos, porém, incluem correções atreladas ao INCC ou IPCA.
2 – Considere o prazo de pagamento
Os prazos de pagamento são outro fator importante na escolha do crédito imobiliário. Normalmente, os financiamentos podem variar de 15 a 35 anos.
No entanto, existem algumas opções com prazos mais curtos, como os oferecidos pelas próprias construtoras.
Avalie a capacidade financeira do seu cliente, escolhendo um prazo condizente para pagamento, sem comprometer seu orçamento integral.
3 – Verifique o limite de financiamento
Os diferentes sistemas de financiamento imobiliário possuem limites distintos para o valor negociado. O SFH, por exemplo, pode financiar até 80% do valor do imóvel, com teto de R$ 1,5 milhão.
Já o SFI oferece maior flexibilidade, especialmente para imóveis com valor acima desse limite, mas, exige garantias mais robustas.
Por isso, é preciso que seu comprador defina bem o valor da propriedade que pretende adquirir e escolha o crédito que melhor atende às suas condições financeiras a médio e a longo prazo.
4 – Use o FGTS como recurso complementar
No caso de financiamentos dentro do SFH, o uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) pode ser uma grande vantagem.
O FGTS pode ser utilizado para abater parte do valor financiado ou mesmo para quitar o saldo devedor.
Antes da escolha de um financiamento, lembre-se de consultar as regras de uso do FGTS, que mudam conforme o perfil do comprador e o valor do imóvel.
5 – Consulte simuladores de financiamento
Ferramentas online de simulação são extremamente úteis para calcular o valor das parcelas e escolher qual modalidade de crédito se encaixa melhor em seu orçamento.
Utilize simuladores oferecidos por bancos e plataformas especializadas, como Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, e outros bancos privados.
Essa etapa ajuda a prever todos os valores envolvidos e evita surpresas no momento de fechar o contrato, além de ser muito mais visual e fácil para seu cliente entender.
6 – Analise os custos adicionais
Além dos juros e prazos, o crédito imobiliário inclui outros custos, como seguros obrigatórios, taxas de administração e ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis).
Certifique-se de que todos eles estejam incluídos na sua análise e orçamento.
No caso de financiamentos com construtoras, verifique também a correção monetária durante a fase de construção.
Agora, fica muito mais fácil entender qual das opções que citamos acima é a mais adequada para o comprador da sua imobiliária!
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